Lenda de Hollywood
que iniciou carreira na era do cinema silencioso e fez a transição para o
cinema falado sem perder a majestade, JOAN CRAWFORD construiu uma história
cheia de altos e baixos. Nascida na pobreza, a atriz conquistou fama, fortuna e entrou
para a constelação das maiores estrelas do cinema mundial.
Joan Crawford casou muitas vezes. Um dos casamentos foi com o milionário Alfred N. Steele,
presidente e acionista majoritário da Pepsi-Cola. Quatro anos depois ficou
viúva, herdou os negócios do ex-marido e assumiu a cadeira de presidente da
gigante indústria de refrigerantes. Sua entrada na companhia em 1959 não foi
pacífica, havia muita restrição dos demais acionistas da empresa. Mas Crawford
se garantiu no cargo e conduziu os destinos da marca Pepsi por vários anos.
Por conta desta
nova condição a atriz, no papel real de líder de uma grande corporação,
realizou muitas viagens internacionais para tratar de assuntos de interesse da
Pepsi. Ela esteve muitas vezes no Brasil, uma das quais para a inauguração de
uma fábrica da Pepsi no Rio de Janeiro.
A visão marqueteira
de Joan Crawford identificou os filmes como uma excelente ferramenta de
promoção da Pepsi. Assim como Alfred Hitchcock, que promovia sua presença em todos
os filmes, nos anos 60 uma diversão dos espectadores era identificar a presença
da marca ou produtos da Pepsi nos filmes onde a atriz atuava. A marca aparecia
invariavelmente em um cartaz ou outdoor, ou com a garrafa do refrigerante como
objeto do cenário ou ainda de maneira mais ostensiva sendo saboreada por algum
personagem.
Após alguns anos
Joan Crawford restringiu sua atuação na linha de frente da Pepsi, limitando-se
a ser apenas membro do Conselho Diretor. Nos últimos tempos assumiu o posto de porta-voz
da empresa, até ser desligada definitivamente em 1973.
Por ironia do destino, anos antes de entrar para
a companhia, Joan Crawford participou de anúncios de dois refrigerantes
concorrentes da Pepsi: Coca-Cola e a Royal Crown Cola.