A tragédia e o resgate dramático de um time adolescente de futebol preso em uma caverna inundada na Tailândia, ocorrido em 2018, atraiu a atenção da mídia internacional e comoveu o mundo inteiro. O episódio durou nove dias e apresentou lances emocionantes, quase inacreditáveis, como se fosse um filme transcorrendo na vida real em tempo real, sob os olhos atentos do planeta. Passados quatro anos, aquela incrível história ganha uma versão para o cinema, pois essencialmente o caso continha todos os elementos de uma narrativa ficcional com final feliz. Além, é claro, de fazer um devido reconhecimento ao trabalho heroico das equipes de resgate.
O caso é bastante conhecido e recente, mas não custa relembrar brevemente. Um time de futebol (os “Javalis Selvagens”) formado por 12 meninos (de 11 a 17 anos) e seu treinador (de 25 anos) da província tailandesa de Chiang Rai faziam um passeio na caverna Tham Luang, para se proteger do mau tempo. Logo a chuva ficou mais intensa e a água subiu muito rápido, deixando o grupo preso no local. As fortes chuvas inundaram a caverna e o grupo foi dado como desaparecido. As operações de busca começaram no mesmo dia, mas o nível da água dificultava o acesso das equipes de resgate.
Realizado com investimentos e coprodução tailandesa, Treze Vidas – O Resgate (Thirteen Lives) foi filmado em locações reais e é parcialmente falado em tailandês, o que, em termos de produções norte-americanas, representa uma concessão pouco usual. A decisão de filmar em espaços e cavernas reais – um pesadelo logístico pelas dificuldades que impõe – foi decisiva para a construção do clima claustrofóbico essencial para representar a tensão constante que permeia a ação dramática.
Treze Vidas é um resgate de uma história de superação e celebração do espírito humano, realizado com correção e inspiração.
Assista ao trailer: Treze Vidas – O Resgate
Jorge Ghiorzi / Membro da ACCIRS
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