Marlee Matlin perdeu a audição aos 18 meses de vida e o desenvolvimento da fala ficou prejudicado. Ela só voltou a se expressar oralmente após longo tratamento e treinamento com especialistas.
Esta condição, no entanto, não impediu que fizesse carreira como atriz, que começou aos sete anos quando interpretou a Dorothy numa versão teatral da peça “O Maravilhoso Mágico de Oz”.
O primeiro filme, aos 21 anos, foi justamente aquele que lhe rendeu, além do Oscar, o Globo de Ouro de melhor atriz dramática. Em Os Filhos do Silêncio ela interpreta uma ex-aluna da escola para surdos onde trabalha um professor de linguagem de sinais, interpretado por William Hurt, que à época era seu marido na vida real.
Os Filhos do Silêncio
Em 1988 Marlee Matlin retornou ao palco do Oscar para anunciar os indicados de Melhor Ator. Daquela vez falou com sua própria voz e revelou o nome do vencedor do ano: Michael Douglas por Wall Street.
Na sequência a atriz participou de alguns filmes importantes, como o drama histórico Walker (1987), com Ed Harris e direção de Alex Cox; a produção francesa L’homme au masque d’or (1991) de Éric Duret; a comédia Romance por Interesse (1991) de Richard Shepard, e o drama de suspense O Jogador (1992) integrando o elenco cheio de estrelas do filme de Robert Altman.
Em meados da década de 90 Marlee Matlin passou a construir uma vasta e consistente carreira na televisão protagonizando ou participando de filmes e séries como Seinfeld; The Outher Limits; Picket Fences; Spin City; Plantão Médico; O Desafio; The Division; Desperate Housewives; Lei & Ordem; West Wing; CSI: Nova Iorque; The L World; Glee e Quantico, entre outras.
CODA
Além da coincidência na semelhança dos títulos dos dois filmes que utilizam (no original) os termos “children e “child”, o tema da surdez em CODA também faz uma conexão direta com Os Filhos do Silêncio, a estreia da atriz. Será este um sinal do “comeback” definitivo de Marlee Matlin para o cinema?