terça-feira, 29 de outubro de 2019

Greta Gerwig dirige nova versão de “Adoráveis Mulheres”




O livro clássico de Louisa May Alcott “Adoráveis Mulheres” (Little women) ganha uma nova adaptação cinematográfica a ser lançada em 2020. Esta será a sexta versão da história das irmãs March às voltas com problemas financeiros, tragédias e romances. A versão mais conhecida do público contemporâneo foi lançada há 25 anos, com direção de Gillian Armstrong e um grande elenco com nomes como Winona Ryder, Gabriel Byrne, Kirsten Dunst, Claire Danes e Susan Sarandon. O cinema norte-americano tem uma longa relação com o romance de Louisa May Alcott. A primeira versão surgiu em 1917, ainda no tempo do cinema mudo.

Agora chega às telas a mais recente adaptação de ADORÁVEIS MULHERES sob o comando da diretora e roteirista Greta Gerwig (Lady Bird – A Hora de Voar). No roteiro Gerwig utilizou como base o romance clássico e também outros escritos de Louisa May Alcott. O resultado é uma história que se desenrola enquanto o alter ego da autora, Jo March, relembra fatos do passado e do presente de sua vida fictícia. Na visão de Gerwig, a amada história das irmãs March - quatro jovens mulheres, cada uma determinada a viver a vida em seus próprios termos – é uma história clássica e ao mesmo tempo muito atual. Retratando Jo, Meg, Amy e Beth March, o filme é estrelado por Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh e Eliza Scanlen. O papel do vizinho Laurie ficou com Timothée Chalamet. Ainda em cena outros grandes nomes como Laura Dern e Meryl Streep.





quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Franquia “O Grito” ganha reboot em 2020


A série de filmes de terror O Grito surgiu no Japão em 2002, com direção de Takashi Shimizu. Dois anos depois, em 2004, a produção foi refilmada nos EUA, com o mesmo realizador e estrelada por Sarah Michelle Gellar. O sucesso do primeiro filme incentivou a produção de uma franquia norte-americana, com outros dois títulos lançados em 2006 e 2009.

Agora, 15 anos depois, a série ganha um reboot produzido por Sam Raimi. A nova versão traz uma retomada da aterrorizante história que mistura lendas japonesas, espíritos e muitos sustos. O novo O Grito chega às telas em 2020, com direção de Nicolas Pesce, diretor e roteirista de Os Olhos da Minha Mãe (2016) e Piercing (2018), ambos dramas de terror e mistério.



terça-feira, 22 de outubro de 2019

“Onde Começa o Inferno”: um western clássico



Um dos últimos grandes westerns clássicos do cinema norte-americano, Onde Começa o Inferno (Rio Bravo) foi dirigido em 1959 pelo versátil Howard Hawks, mestre que transitou com desenvoltura por diversos gêneros cinematográficos, da comédia ao terror, do musical ao romance, do policial ao drama. Naquele período o western já estava entrando no seu período de declínio. Os últimos mitos e heróis estavam se despedindo e pouco significavam para as novas gerações que assumiriam as radicais transformações no cinema de Hollywood nos anos 60/70. Portanto, o filme de Hawks era uma posta arriscada, ainda mais por contar no elenco com um monstro sagrado do cinema, herói e símbolo dos tradicionais ideais norte-americanos: John Wayne.

Ele interpreta John T. Chance, o xerife da cidade de Rio Bravo, no Texas. Seus dois auxiliares fogem do padrão: o velho e rabugento Stumpy (Walter Brennan) e o habilidoso pistoleiro e alcoólatra Dude (Dean Martin). Posteriormente um terceiro ajudante se une ao grupo – o jovem e destemido Colorado Ryan (Ricky Nelson). Após uma confusão no bar, que acaba com uma morte, o xerife Chance prende o pistoleiro Joe Burdette (Claude Akins). Enquanto aguardam a chegada das tropas federais para levar o perigoso prisioneiro para a capital, Joe fica detido na pequena prisão, sob permanente ameaça de ataque do bando do irmão, o poderoso rancheiro Nathan Burdette, que pretende resgatá-lo da forca.


O enfrentamento, quase solitário, do xerife contra uma gangue de foras da lei remete à memória de outro western famoso, Matar ou Morrer, dirigido por Fred Zinnemann em 1952, que também conta uma situação semelhante. Porém, a lembrança não é casual. É de caso pensando mesmo. Consta que Howard Hawks (e John Wayne também) não gostava daquele filme por julgá-lo por demais antiamericano ao narrar a história de um herói essencialmente covarde (no caso, o delegado interpretado por Gary Cooper). Assim, Onde Começa o Inferno seria uma espécie de resposta ao filme de Zinnemann.

Matar ou Morrer é um belo exercício de estilo e tensão, pois narra sua história em tempo real, ou seja, a duração do enredo equivale à duração do filme, sem elipses ou truques de montagem. O efeito é a crescente tensão na medida em que os minutos transcorrem, marcando a iminente chegada do trem que traz os assassinos. O filme de Hawks também trabalha o efeito da tensão crescente, mas com outros artifícios e recursos fílmicos. Não submete a ação cinematográfica à passagem do tempo, pelo contrário, expande a narrativa alongando a passagem do tempo, a ponto de transformar a tensão em suspense.


Sabemos estar diante de um western realmente diferenciado quando toda a sequência de abertura de Onde Começa o Inferno, que se desenrola por longos cinco minutos, transcorre sem diálogo algum. Não seria exatamente surpreendente não fosse um detalhe: não se trata meramente de uma sequência contemplativa, descritiva de cenário ou paisagem. Fosse assim, seria até convencional como tantas outras. O que torna a sequência de abertura ousada e criativa é o fato de ser amplamente narrativa, apresentando o elemento humano no teatro das ações. O mote do conflito que deflagra a história se estabelece de forma direta num clássico episódio de luta no saloon.

A presença do personagem do xerife Chance, interpretado por John Wayne, é ampla e abrangente em todas as tramas e sub-tramas da história. Funciona como elo de ligação e ponto comum entre todos os demais personagens. A cada um dele assume uma representação e significado. Para o resmungão Stumpy oferece sua face mais bonachona e boa praça. Para o beberrão e inseguro Dude (num desempenho inspirado e comovente de Dean Martin), se mostra compreensivo e sobretudo companheiro, sempre pronto a apoiar a recuperação do parceiro. Ao jovem Colorado Ryan o xerife encarna o papel de mestre e mentor. Para o oponente, o vilão Nathan, a figura de John Wayne personifica a expressão máxima da lei e da ordem. Há ainda uma personagem feminina na trama, a jovem Feathers (interpretada pela novata Angie Dickinson), uma golpista de bom coração e intenções sinceras. Para ela o xerife revela seu lado mais sensível, frágil e amoroso. Afinal, os brutos também amam.


O clássico Onde Começa o Inferno (um inadequado e apelativo título nacional) é essencialmente um filme de personagens. Sua trama, que beira o convencional, traz poucas novidades. É por vezes lento e sua história não parece rumar para um desfecho definido. Howard Hawks se detém na exposição da psicologia das personagens, em detrimento do privilégio da ação, que é quase uma exigência das regras do western. Mas, mesmo optando por esta abordagem diversa, o filme não cai na armadilha de ser tedioso e dispersivo. Há sim um ritmo incomum para o gênero, mas Hawks não perde as rédeas da narrativa em nenhum momento. É cinema clássico da maior ordem. Uma peça orquestrada por um mestre. Exige tempo e imersão, antes de soarem os tiros.

Em 1976 John Carpenter dirigiu Assalto à 13ª DP, uma homenagem ao filme de Howard Hawks, que conta a história de uma delegacia de polícia do subúrbio de Los Angeles atacada por uma gangue de delinquentes.

Assista o trailer: Onde Começa o Inferno

(Texto originalmente publicado na coluna “Cinefilia” do DVD Magazine em outubro de 2017)

Jorge Ghiorzi

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Isabelle Huppert em cartaz na 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo



A aclamada e adorada atriz francesa Isabelle Huppert dá vida à também adorada e veterana atriz Frankie, no longa homônimo Frankie, que tem estreia nacional agendada para fevereiro de 2020. Antes do lançamento em grande circuito, o filme integra a programação oficial da 43ª Mostra Internacional de Cinema. Dirigida por Ira Sachs (vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Sundance por 40 Tons de Azul (2005) e Deixe a Luz Acesa (2012), ganhador do Prêmio Teddy (voltado a temáticas LGBT) no Festival de Berlim, a produção foi rodada em Sintra (Portugal).

À frente da direção e do roteiro, que explora um drama familiar, Ira Sachs estabeleceu sua quarta parceria com o carioca radicado em Nova York, Maurício Zacharias. O brasileiro não só contribuiu para o roteiro, como acompanhou de perto a estreia mundial no Festival de Cannes, em maio deste ano.

Alimentado pelo atrito das banalidades da vida moderna e a apreensão da morte, o filme retrata Frankie (Isabelle Huppert) como uma famosa atriz e matriarca de uma grande família franco-inglesa, que inclui o atual e o ex-marido, além dos filhos de dois casamentos. A seu pedido, sua família se junta a ela numa viagem para ensolarada cidade histórica de Sintra, para passar um dia juntos. O passeio traz à luz segredos e a confusa dinâmica familiar com Frankie no centro. O drama também reúne no elenco Brendan Gleeson (A Balada de Buster Scruggs), Marisa Tomei (Homem-Aranha - Longe de Casa), Greg Kinnear (Melhor é Impossível) e Jérémie Renier (O Amante Duplo).

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

"O Iluminado" volta às salas de cinema




O clássico longa O Iluminado, de Stanley Kubrick, baseado no livro homônimo de Stephen King, voltará aos cinemas brasileiros no dia 29 de outubro.

A ação visa preparar a audiência para o lançamento de Doutor Sono e relembrar a história do filme, além de apresentá-lo a um novo público que não teve a oportunidade de assisti-lo nos cinemas.

A Warner Bros. Pictures anuncia também que o início das vendas de ingressos de Doutor Sono será no dia 29 de outubro. Com estreia marcada para 7 de novembro no Brasil, o filme continua a história de Danny Torrance, 40 anos após os acontecimentos de O Iluminado.

Sobre o filme

Doutor Sono continua a história de Danny Torrance, 40 anos após sua assustadora estadia no Hotel Overlook, em O Iluminado. Ewan McGregor, Rebecca Ferguson e a novata Kyliegh Curran estrelam o thriller sobrenatural, dirigido por Mike Flanagan, que escreveu o roteiro com base no romance de Stephen King.

Ainda extremamente marcado pelo trauma que sofreu quando criança no Hotel Overlook, Dan Torrance lutou para encontrar o mínimo de paz. Essa paz é destruída quando ele encontra Abra, uma adolescente corajosa com um dom extrassensorial, conhecido como Brilho. Ao reconhecer instintivamente que Dan compartilha seu poder, Abra o procura, desesperada para que ele a ajude contra a impiedosa Rose Cartola e seus seguidores do grupo Verdadeiro Nó, que se alimentam do Brilho de inocentes visando a imortalidade.

Ao formarem uma improvável aliança, Dan e Abra se envolvem em uma brutal batalha de vida ou morte com Rose. A inocência de Abra e a maneira destemida que ela abraça seu Brilho fazem com que Dan use seus próprios poderes como nunca, enquanto enfrenta seus medos e desperta os fantasmas do passado.


"Jumanji" volta para mais uma aventura


Sony Pictures divulga novo cartaz de Jumanji: Próxima Fase. Jake Kasdan volta à direção para contar um novo capítulo dessa aventura. O longa é baseado no livro “Jumanji” escrito por Chris Van Allsburg.

Em Jumanji: Próxima Fase os personagens estão de volta, mas desta vez o jogo mudou. Enquanto retornam à Jumanji para resgatar um de seus amigos, eles descobrem que nada é como eles esperavam que seria. Os jogadores devem desbravar áreas desconhecidas e inexploradas, desde o árido deserto até as montanhas nevadas, para poderem escapar do jogo mais perigoso do mundo.

No elenco estão Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart, Karen Gillan e Nick Jonas. O roteiro é de Jake Kasdan, Jeff Pinkner e Scott Rosenberg. O filme chega aos cinemas do Brasil no dia 05 de dezembro.


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Escândalo com Charlize Theron, Nicole Kidman e Margot Robbie





Drama baseado em história real sobre assédio é estrelado por Charlize Theron, Nicole Kidman e Margot Robbie.

Com lançamento no Brasil programado para janeiro de 2020, Escândalo (Bombshell) chega às telas para contar o famoso escândalo norte-americano conhecido como o “Caso Bombshell”, ocorrido em 2016. A trama aborda as graves denúncias contra o então presidente e executivo-chefe da Fox News, Roger Ailes, e suas consequências. O longa promete um olhar revelador dentro do gigantesco império de mídia norte-americano, com a história das mulheres que afrontaram um homem poderoso.

Irreconhecível na pele da ex-âncora do canal Fox News, Megyn Kelly, Charlize Theron revela que “para manter uma emissora 24 horas no ar, era preciso ter algo que mantivesse o interesse do público. Havia, portanto, razões para as mesas serem vazadas”. De acordo com a acusação, era assim que as mesas deveriam ser, segundo o executivo da Fox News, Roger Ailes, interpretado por John Lithgow. O mal-estar e a sucessão de situações que configuram a violência e o assédio contra as mulheres da emissora são o foco da abordagem do longa-metragem.

Escândalo tem direção de Jay Roach (de Austin Powers) e roteiro de Charles Randolph (vencedor do Oscar pelo roteiro de A Grande Aposta).