quinta-feira, 11 de junho de 2020

“Sindicato de Ladrões”: dilema moral


Grande vencedor do Oscar de 1955, nas categorias de Filme, Diretor, Ator, Atriz Coadjuvante, Direção de Arte em preto e branco, Fotografia em preto e branco, Edição e Roteiro, Sindicato de Ladrões (On the Waterfront) representou, em seu tempo, um importante momento de virada histórica nas produções tuteladas pelo academicismo de um modelo de cinema norte-americano que estava prestes a ruir na década seguinte. O filme dirigido por Elia Kazan introduziu com grande vigor altas doses de realismo social em uma produção que escapou do controle do sistema de estúdios. Sindicato de Ladrões foi uma bem sucedida experiência de Neorrealismo tardio em Hollywood.

O tema central do filme é uma palavrinha que andou muito em voga no Brasil em tempos recentes: delação. Trair ou não trair, reconhecer os mal feitos ou não, eis a questão. Este é o dilema moral de Terry Malloy, um trabalhador braçal da zona portuária de Nova Iorque, numa interpretação superior de Marlon Brando. Ele e seu irmão Charley (Rod Steiger) trabalham para o chefão mafioso Johnny Friendly (Lee J. Cobb) que controla com mão de ferro os sindicatos dos estivadores. Os irmãos fazem o chamado “trabalho sujo” do sindicato, controlando, ameaçando, explorando a mão de obra (fartamente disponível) e cobrando propina sobre os ganhos dos trabalhadores, sempre a mando do temido líder do grupo. Direitos trabalhistas? Nem pensar. Após se envolver, inocentemente, numa armadilha que resultou na execução de um estivador que não andou na linha, Terry acaba conhecendo a irmã da vítima, a bela Eddie (Eva Marie-Saint). O relacionamento entre os dois evolui para uma paixão amorosa, que acaba por despertar um forte sentimento de culpa em Terry. O seu drama interior o conduz a um ato final de redenção pessoal ao delatar os atos criminosos do chefe e libertar os trabalhadores da opressão de um sindicato comandado por gangsteres.


O ato da delação é um tema caro ao diretor Elia Kazan, ele próprio envolvido num episódio rumoroso que marcou definitivamente sua biografia. Na condição de ex-membro do Partido Comunista dos EUA, Kazan foi convocado em 1952 para depor na Comissão de Assuntos Antiamericanos do Congresso e denunciou vários colegas de profissão, que foram incluídos na “lista negra de Hollywood”, acusados pelo Macartismo de simpatizantes do comunismo. Em 1999 o diretor recebeu um Oscar honorário pelo conjunto da obra. Na cerimônia de entrega do prêmio a plateia ficou dividida neste reconhecimento. Num momento célebre da história da Academia, parte do público aplaudiu, mas alguns ficaram ostensivamente de braços cruzados, como Ed Harris, Nick Nolte, Sean Penn, Holly Hunter e Ian McKellen.

Lançado apenas dois anos após o depoimento na Comissão, Sindicato de Ladrões não deixa de ser uma ousadia de Elia Kazan por tratar de um tema tão próximo da sua própria realidade. Para a abordagem realista imaginada pelo realizador foi fundamental a decisão de realizar as filmagens quase que inteiramente em locações, com uma densa fotografia em preto e branco que reflete a crueza dos ambientes reais e das condições miseráveis dos trabalhadores que lutam pela sobrevivência ao custo de alguns trocados.


Outro fator que contribui para a elaboração do conceito da mise-en-scène é a incorporação de um novo tipo de atuação – praticado nos palcos, mas raramente no cinema – baseado no chamado “Método”, o estilo de interpretação promovido pelo Actors Studio (escola do próprio Kazan), que se baseia fundamentalmente na autenticidade da performance a partir das próprias vivências emocionais do atores. No papel de Terry Malloy, um personagem que evolui da alienação à autoconsciência, Marlon Brando usou e abusou do “Método” e compôs com sutileza de gestos, improvisos e humanidade um dos personagens mais icônicos do cinema norte-americano.

Sindicato de Ladrões foi uma produção que ousou – e arriscou – com uma estética distante de uma glamourização típica das produções hollywoodianas. Acrescente-se a este aspecto formal uma crítica social contundente que discutiu a questão da exploração trabalhista que tangencia o submundo da contravenção. Elia Kazan realizou um exemplar drama de crime e castigo que ainda faz sentido e impacta, passados mais de 65 anos de sua realização.

Assista o trailer: Sindicato de Ladrões

(Texto originalmente publicado na coluna “Cinefilia” do DVD Magazine em dezembro de 2017)

Jorge Ghiorzi

sábado, 16 de maio de 2020

“Traídos Pelo Desejo”: o sapo e o escorpião



Indicada em seis categorias do Oscar de 1993 – filme, direção, ator, edição, ator coadjuvante e roteiro original (pelo qual venceu) – Traídos pelo Desejo (The Crying Game, 1992) foi o filme-sensação daquele ano. Dirigido por Neil Jordan (A Companhia dos Lobos, Entrevista com o Vampiro, Nó na Garganta) a produção inglesa inicialmente não conquistou grande repercussão ao ser lançada na Grã-Bretanha. A situação mudou radicalmente quando chegou aos EUA, graças a uma maciça campanha de marketing que estimulou a curiosidade do público para o “segredo” do filme. Se Traídos pelo Desejo fosse lançado hoje, 25 anos depois, o tal “segredo” não resistiria mais do que poucos segundos após a primeira aparição da emblemática personagem central.

Em sua época o filme de Neil Jordan quebrou alguns paradigmas por tratar temas então polêmicos de forma franca e aberta numa produção mainstream. Traídos Pelo Desejo se apresenta inicialmente como uma trama política envolvendo questões separatistas da Irlanda, a bandeira de luta do IRA, o Exército Republicano Irlandês, grupo paramilitar que promovia atentados terroristas contra o governo britânico. O filme inicia justamente com uma destas ações. Um comando armado sequestra um soldado do exército inglês. O objetivo é trocá-lo por um membro da organização preso, caso contrário, ele seria executado no prazo de três dias. No cativeiro o guerrilheiro Fergus (Stephen Rea) é destacado para tomar conta do soldado sequestrado, Jody (Forrest Whitaker), até o desfecho das negociações. Durante a convivência forçada os dois acabam se aproximando e desenvolvem uma cumplicidade, quase uma amizade. Trocam confidências, contam histórias pessoais e revelam segredos. Uma das revelações de Jody é sua paixão pela namorada, a cabeleireira Dil (Jaye Davidson). Prestes a ser executado, Jody pede a Fergus que procure Dil, após sua morte, para lhe dizer o quanto a amava.


No segundo ato de Traídos Pelo Desejo o clima muda completamente e se transforma em um drama repleto de nuances psicológicas. Movido pela culpa, Fergus cumpre o último desejo do soldado. Tempos depois se aproxima de Dil, mas não conta toda a história. E por uma razão bem objetiva: ele também cai de amores pela cabeleireira. Mas, há um segredo a ser superado (não daremos spoiler aqui). Um segredo que vai colocar em xeque seus valores e convicções.

Sabidamente o contato íntimo e prolongado de um prisioneiro com seu algoz por vezes acaba por desenvolver uma curiosa relação de temor/dependência, a chamada Síndrome de Estocolmo, um estado psicológico que provoca sentimentos de amizade, e até amor, da vítima por seu agressor. A convivência de Fergus com Jody no cativeiro demonstra sinais desta patologia, que resultam numa espécie de dívida de consciência do guerrilheiro, abalado pelo trágico destino do refém que tinha a missão de cuidar e, por fim, executar, ainda que profundamente contrariado com o ato final que foi obrigado a cumprir. Fergus, na condição de guerrilheiro, não demonstrava um perfil agressivo que a atividade exigiria. Jody habilidosamente manipulou a mente de Fergus ao perceber sua verdadeira natureza. Fergus era o homem errado, na função errada. Em certa medida, o desaparecimento de Jody representou a libertação de Fergus, rumo à descoberta de seus verdadeiros sentimentos que são despertados quando conhece a sedutora Dil.


Nesta trajetória Fergus refaz um caminho semelhante ao do personagem de James Stewart em Um Corpo Que Cai: apaixona-se pelo objeto da sua busca. Um desejo que se transforma em obsessão, que se concretiza apenas quando aceita o objeto da sua paixão e a transforma na mulher idealizada, subvertendo a realidade dos fatos e da verdadeira natureza de Dil.

Traídos Pelo Desejo (um feliz título brasileiro) é um dos melhores exemplares do poderoso cinema inglês do início dos anos 90, que vivia então um momento de muita inspiração. Aquele era um tempo de produções de alta qualidade e grade visibilidade de uma geração de cineastas como Mike Leigh, Jim Sheridan, Mike Newell, Nicholas Hytner e Allan Parker, nos seus últimos momentos de brilho.


A discussão da verdadeira natureza das pessoas – contra a qual são travadas lutas inglórias – é a verdadeira essência do filme de Neil Jordan. Esta tese fica explicitamente caracterizada pela fábula do sapo e do escorpião, que é contada duas vezes durante o filme, por dois personagens diferentes. A historinha é mais ou menos assim: um escorpião quer atravessar um rio e pede ajuda para que um sapo o leve nas costas. Desconfiado o sapo se recusa, dizendo que será ferroado pelo escorpião durante a travessia. O escorpião diz que isto não vai acontecer. Se ele ferroar o sapo os dois morrerão afogados. O sapo então concorda em ajudar o escorpião. No meio da travessia o escorpião dá uma ferroada no sapo, que muito surpreso pergunta por que ele fez aquilo, afinal, os dois vão morrer agora. E o escorpião responde: “Eu não pude evitar, é a minha natureza”.

Apesar de ser a figura de destaque absoluto em Traídos Pelo Desejo, Jaye Davidson não chegou a desenvolver uma carreira no cinema. Seu único outro papel de destaque aconteceu dois anos após, na ficção científica Stargate – A Chave para o Futuro da Humanidade, dirigida por Roland Emmerich.

Assista o trailer: Traídos Pelo Desejo

(Texto originalmente publicado na coluna “Cinefilia” do DVD Magazine em outubro de 2017)

Jorge Ghiorzi

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Greta Gerwig dirige nova versão de “Adoráveis Mulheres”




O livro clássico de Louisa May Alcott “Adoráveis Mulheres” (Little women) ganha uma nova adaptação cinematográfica a ser lançada em 2020. Esta será a sexta versão da história das irmãs March às voltas com problemas financeiros, tragédias e romances. A versão mais conhecida do público contemporâneo foi lançada há 25 anos, com direção de Gillian Armstrong e um grande elenco com nomes como Winona Ryder, Gabriel Byrne, Kirsten Dunst, Claire Danes e Susan Sarandon. O cinema norte-americano tem uma longa relação com o romance de Louisa May Alcott. A primeira versão surgiu em 1917, ainda no tempo do cinema mudo.

Agora chega às telas a mais recente adaptação de ADORÁVEIS MULHERES sob o comando da diretora e roteirista Greta Gerwig (Lady Bird – A Hora de Voar). No roteiro Gerwig utilizou como base o romance clássico e também outros escritos de Louisa May Alcott. O resultado é uma história que se desenrola enquanto o alter ego da autora, Jo March, relembra fatos do passado e do presente de sua vida fictícia. Na visão de Gerwig, a amada história das irmãs March - quatro jovens mulheres, cada uma determinada a viver a vida em seus próprios termos – é uma história clássica e ao mesmo tempo muito atual. Retratando Jo, Meg, Amy e Beth March, o filme é estrelado por Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh e Eliza Scanlen. O papel do vizinho Laurie ficou com Timothée Chalamet. Ainda em cena outros grandes nomes como Laura Dern e Meryl Streep.





quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Franquia “O Grito” ganha reboot em 2020


A série de filmes de terror O Grito surgiu no Japão em 2002, com direção de Takashi Shimizu. Dois anos depois, em 2004, a produção foi refilmada nos EUA, com o mesmo realizador e estrelada por Sarah Michelle Gellar. O sucesso do primeiro filme incentivou a produção de uma franquia norte-americana, com outros dois títulos lançados em 2006 e 2009.

Agora, 15 anos depois, a série ganha um reboot produzido por Sam Raimi. A nova versão traz uma retomada da aterrorizante história que mistura lendas japonesas, espíritos e muitos sustos. O novo O Grito chega às telas em 2020, com direção de Nicolas Pesce, diretor e roteirista de Os Olhos da Minha Mãe (2016) e Piercing (2018), ambos dramas de terror e mistério.



terça-feira, 22 de outubro de 2019

“Onde Começa o Inferno”: um western clássico



Um dos últimos grandes westerns clássicos do cinema norte-americano, Onde Começa o Inferno (Rio Bravo) foi dirigido em 1959 pelo versátil Howard Hawks, mestre que transitou com desenvoltura por diversos gêneros cinematográficos, da comédia ao terror, do musical ao romance, do policial ao drama. Naquele período o western já estava entrando no seu período de declínio. Os últimos mitos e heróis estavam se despedindo e pouco significavam para as novas gerações que assumiriam as radicais transformações no cinema de Hollywood nos anos 60/70. Portanto, o filme de Hawks era uma posta arriscada, ainda mais por contar no elenco com um monstro sagrado do cinema, herói e símbolo dos tradicionais ideais norte-americanos: John Wayne.

Ele interpreta John T. Chance, o xerife da cidade de Rio Bravo, no Texas. Seus dois auxiliares fogem do padrão: o velho e rabugento Stumpy (Walter Brennan) e o habilidoso pistoleiro e alcoólatra Dude (Dean Martin). Posteriormente um terceiro ajudante se une ao grupo – o jovem e destemido Colorado Ryan (Ricky Nelson). Após uma confusão no bar, que acaba com uma morte, o xerife Chance prende o pistoleiro Joe Burdette (Claude Akins). Enquanto aguardam a chegada das tropas federais para levar o perigoso prisioneiro para a capital, Joe fica detido na pequena prisão, sob permanente ameaça de ataque do bando do irmão, o poderoso rancheiro Nathan Burdette, que pretende resgatá-lo da forca.


O enfrentamento, quase solitário, do xerife contra uma gangue de foras da lei remete à memória de outro western famoso, Matar ou Morrer, dirigido por Fred Zinnemann em 1952, que também conta uma situação semelhante. Porém, a lembrança não é casual. É de caso pensando mesmo. Consta que Howard Hawks (e John Wayne também) não gostava daquele filme por julgá-lo por demais antiamericano ao narrar a história de um herói essencialmente covarde (no caso, o delegado interpretado por Gary Cooper). Assim, Onde Começa o Inferno seria uma espécie de resposta ao filme de Zinnemann.

Matar ou Morrer é um belo exercício de estilo e tensão, pois narra sua história em tempo real, ou seja, a duração do enredo equivale à duração do filme, sem elipses ou truques de montagem. O efeito é a crescente tensão na medida em que os minutos transcorrem, marcando a iminente chegada do trem que traz os assassinos. O filme de Hawks também trabalha o efeito da tensão crescente, mas com outros artifícios e recursos fílmicos. Não submete a ação cinematográfica à passagem do tempo, pelo contrário, expande a narrativa alongando a passagem do tempo, a ponto de transformar a tensão em suspense.


Sabemos estar diante de um western realmente diferenciado quando toda a sequência de abertura de Onde Começa o Inferno, que se desenrola por longos cinco minutos, transcorre sem diálogo algum. Não seria exatamente surpreendente não fosse um detalhe: não se trata meramente de uma sequência contemplativa, descritiva de cenário ou paisagem. Fosse assim, seria até convencional como tantas outras. O que torna a sequência de abertura ousada e criativa é o fato de ser amplamente narrativa, apresentando o elemento humano no teatro das ações. O mote do conflito que deflagra a história se estabelece de forma direta num clássico episódio de luta no saloon.

A presença do personagem do xerife Chance, interpretado por John Wayne, é ampla e abrangente em todas as tramas e sub-tramas da história. Funciona como elo de ligação e ponto comum entre todos os demais personagens. A cada um dele assume uma representação e significado. Para o resmungão Stumpy oferece sua face mais bonachona e boa praça. Para o beberrão e inseguro Dude (num desempenho inspirado e comovente de Dean Martin), se mostra compreensivo e sobretudo companheiro, sempre pronto a apoiar a recuperação do parceiro. Ao jovem Colorado Ryan o xerife encarna o papel de mestre e mentor. Para o oponente, o vilão Nathan, a figura de John Wayne personifica a expressão máxima da lei e da ordem. Há ainda uma personagem feminina na trama, a jovem Feathers (interpretada pela novata Angie Dickinson), uma golpista de bom coração e intenções sinceras. Para ela o xerife revela seu lado mais sensível, frágil e amoroso. Afinal, os brutos também amam.


O clássico Onde Começa o Inferno (um inadequado e apelativo título nacional) é essencialmente um filme de personagens. Sua trama, que beira o convencional, traz poucas novidades. É por vezes lento e sua história não parece rumar para um desfecho definido. Howard Hawks se detém na exposição da psicologia das personagens, em detrimento do privilégio da ação, que é quase uma exigência das regras do western. Mas, mesmo optando por esta abordagem diversa, o filme não cai na armadilha de ser tedioso e dispersivo. Há sim um ritmo incomum para o gênero, mas Hawks não perde as rédeas da narrativa em nenhum momento. É cinema clássico da maior ordem. Uma peça orquestrada por um mestre. Exige tempo e imersão, antes de soarem os tiros.

Em 1976 John Carpenter dirigiu Assalto à 13ª DP, uma homenagem ao filme de Howard Hawks, que conta a história de uma delegacia de polícia do subúrbio de Los Angeles atacada por uma gangue de delinquentes.

Assista o trailer: Onde Começa o Inferno

(Texto originalmente publicado na coluna “Cinefilia” do DVD Magazine em outubro de 2017)

Jorge Ghiorzi

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Isabelle Huppert em cartaz na 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo



A aclamada e adorada atriz francesa Isabelle Huppert dá vida à também adorada e veterana atriz Frankie, no longa homônimo Frankie, que tem estreia nacional agendada para fevereiro de 2020. Antes do lançamento em grande circuito, o filme integra a programação oficial da 43ª Mostra Internacional de Cinema. Dirigida por Ira Sachs (vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Sundance por 40 Tons de Azul (2005) e Deixe a Luz Acesa (2012), ganhador do Prêmio Teddy (voltado a temáticas LGBT) no Festival de Berlim, a produção foi rodada em Sintra (Portugal).

À frente da direção e do roteiro, que explora um drama familiar, Ira Sachs estabeleceu sua quarta parceria com o carioca radicado em Nova York, Maurício Zacharias. O brasileiro não só contribuiu para o roteiro, como acompanhou de perto a estreia mundial no Festival de Cannes, em maio deste ano.

Alimentado pelo atrito das banalidades da vida moderna e a apreensão da morte, o filme retrata Frankie (Isabelle Huppert) como uma famosa atriz e matriarca de uma grande família franco-inglesa, que inclui o atual e o ex-marido, além dos filhos de dois casamentos. A seu pedido, sua família se junta a ela numa viagem para ensolarada cidade histórica de Sintra, para passar um dia juntos. O passeio traz à luz segredos e a confusa dinâmica familiar com Frankie no centro. O drama também reúne no elenco Brendan Gleeson (A Balada de Buster Scruggs), Marisa Tomei (Homem-Aranha - Longe de Casa), Greg Kinnear (Melhor é Impossível) e Jérémie Renier (O Amante Duplo).

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

"O Iluminado" volta às salas de cinema




O clássico longa O Iluminado, de Stanley Kubrick, baseado no livro homônimo de Stephen King, voltará aos cinemas brasileiros no dia 29 de outubro.

A ação visa preparar a audiência para o lançamento de Doutor Sono e relembrar a história do filme, além de apresentá-lo a um novo público que não teve a oportunidade de assisti-lo nos cinemas.

A Warner Bros. Pictures anuncia também que o início das vendas de ingressos de Doutor Sono será no dia 29 de outubro. Com estreia marcada para 7 de novembro no Brasil, o filme continua a história de Danny Torrance, 40 anos após os acontecimentos de O Iluminado.

Sobre o filme

Doutor Sono continua a história de Danny Torrance, 40 anos após sua assustadora estadia no Hotel Overlook, em O Iluminado. Ewan McGregor, Rebecca Ferguson e a novata Kyliegh Curran estrelam o thriller sobrenatural, dirigido por Mike Flanagan, que escreveu o roteiro com base no romance de Stephen King.

Ainda extremamente marcado pelo trauma que sofreu quando criança no Hotel Overlook, Dan Torrance lutou para encontrar o mínimo de paz. Essa paz é destruída quando ele encontra Abra, uma adolescente corajosa com um dom extrassensorial, conhecido como Brilho. Ao reconhecer instintivamente que Dan compartilha seu poder, Abra o procura, desesperada para que ele a ajude contra a impiedosa Rose Cartola e seus seguidores do grupo Verdadeiro Nó, que se alimentam do Brilho de inocentes visando a imortalidade.

Ao formarem uma improvável aliança, Dan e Abra se envolvem em uma brutal batalha de vida ou morte com Rose. A inocência de Abra e a maneira destemida que ela abraça seu Brilho fazem com que Dan use seus próprios poderes como nunca, enquanto enfrenta seus medos e desperta os fantasmas do passado.